segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Reflexão Sobre as Organizações e seus Brinquedos e Ursinhos de Pelúcia.

Uma das prisões psíquicas citadas no capítulo 7 do livro Imagens da Organização – Gareth Morgan, é a das Bonecas e Ursinhos e Pelúcia, que ocorrem com grande frequência em muitas organizações, podendo ser apresentado como exemplo o ponto comercial onde a empresa está instalada, que já não é mas atrativo, ou um modelo de produção que se tornou obsoleto, ou até algum funcionário que possui um relacionamento muito próximo com a corporação, porém não vem mostrando resultados satisfatórios dentro da empresa estes são exemplos claros, e que vemos muito no nosso cotidiano, no qual afetam de forma negativa milhares de empresas em todo o mundo


Podemos dar exemplos reais e famosos de empresas que faliram por estes motivos, como por exemplo a empresa Kodak, que já foi símbolo do capitalismo norte-americano, criada por George Eastman, inventor do filme fotográfico. O primeiro produto da Kodak nos Estados Unidos foi a câmara Brownie, lançada em todo o mundo, a um dólar, em 1900.

Infelizmente o grande “apego” as câmeras de filme a qual era líder de mercado, não fez ela “abrir os olhos” para a nova tecnologia das câmeras digitais, que vinha chegando a todo vapor, a demora da transição da câmera de filme para a câmara digital, forçou a empresa declarar sua falência.
Neste exemplo fica óbvio a questão que as antigas câmeras de filmes fotográficos, era como apresentado no livro o seu “ursinho de pelúcia” e este apego levou lamentavelmente a sua falência.

Bem, o que devemos refletir agora quais técnicas poderiam serem adotadas e colocadas em prática para que este tipo de prisão psíquica, não aconteça?

No meu ponto de vista, precisamos primeiramente auto reconhecer que apegamos de fato a certo objeto, e que ele se tornou nosso “brinquedo preferido” no caso de uma organização isso poderá ser o local onde ela está instalado, que já não suporta fisicamente a empresa, ou a tecnologia, a qual usa já está obsoleta (que foi o caso da Kodak), ou até o funcionário que trabalha na empresa, no qual já não possui uma produtividade adequada, mas por questões de um relacionamento próximo com o colaborador, ficam com dó de dispensar o mesmo.

Depois do reconhecimento da existência deste apego emocional, e necessário fazer uma reflexão sobre o problema, fazendo-se algumas perguntas a respeito da situação e assim com as respostas adquiridas neste processo, obter resultados que levam a solução deste problema, e assim não provocando prejuízos e em casos mais extremos a falência da organização.


                                                                            
                                                                                       
                                                                                           Postado por Grupo Thinking in Management

Video:Influências culturais no Brasil


Aluno de intercâmbio da UFU fala sobre suas vivências e percepções culturais


4º Vídeo da equipe Insights Cotidianos (Amanda Rezende Rodrigues, Cláudio Juneo R. Silva, Daiane Alice Pereira Araujo, Paula Crystina de Souza, Pricila Maria Tavares).

Planos e tristes realidades no trabalho

Desde muito jovens somos “convencidos” do que devemos realizar em nossas vidas, crescer, ter responsabilidades, ter um emprego, uma família, e um dia se aposentar. Fatos que acontecem de uma forma muito natural com nossos vizinhos, pais, familiares, e até mesmo com aquele mero conhecido, que um dia por mera coincidência, destinos se cruzam.
Ao ver ele passando sagradamente no mesmo horário em nossa rua para ir trabalhar, e novamente após um longo tempo ele é visto ao acaso, muito feliz e sua primeira notícia é de que se aposentou na mesma empresa em que trabalhou durante toda sua vida. Onde ele realizou planos, com seu pequeno salário, tentou educar ao máximo seus filhos, pagar cursos, lazer sempre que possível, e com o único objetivo de fazer com que eles tivessem uma vida mais fácil do que aquela até então vivida pelo patriarca.
Uma crônica muita comum  em nosso cotidiano, comum até demais para imaginarmos outras situações em que ela ocorre, ou até mesmo um outro final, qual seria a sensação do trabalhador que dedicou grande parte de sua vida, e próximo de sua aposentadoria ele é demitido sumariamente sem nenhuma justificativa? Teria ele um plano de contingência? Após tantos prêmios recebidos como o melhor em produção, seria um demitido? Muitas vezes sem mesmo poder voltar ao seu local de trabalho para se despedir de seus colegas, ou quem sabe acompanhado de um funcionário do recursos humanos, com a nítida desconfiança de alguma sabotagem, a arte da escrita não possui a perfeição de simular sensações, triste realidade, assim apenas imaginamos o que este trabalhador sente.
Cada vez mais organizações descartam funcionários com as mais variadas características; alto escalão, executivos de áreas estratégicas, funcionário que fez ali uma brilhante carreira, um grande entregador de resultados, ou até mesmo aquele gestor que sempre confiamos e acreditamos, e seus subordinamos claramente pensarão; e agora em quem podemos confiar? Qual o sentido de trabalhar nesta empresa se tudo é tão incerto e dinâmico? Perguntas que não somente questionam no silêncio, mas que realizam grandes transformações no dia a dia daquela organização.
De fato, comportamentos tão repentinos não deveriam assustar a nenhum cidadão que vive na modernidade, onde grandes empresas possuem o controle de muita das coisas que precisamos, porque não controlar também nosso trabalho? Vivemos em um Estado democrático, onde opiniões devem ser respeitadas, e são até mesmo garantidas por nossa carta magna, sobretudo garantir a propriedade privada aos seus cidadãos. Sendo a organização a maior amostra de propriedade privada que temos ao nosso redor, onde pessoas de maior poder, detentoras de recurso criam meios de produzir algo, para assim multiplicar mais suas riquezas, elas também tem seu livre arbítrio. Mas livre poder de escolha que deveriam exercer com maior responsabilidade perante seus trabalhadores, e a sociedade também como um tudo, pois por trás de um trabalhador há uma família, que interage com uma comunidade, chegando a uma sociedade, e ao aclamado país que vivemos. Uma decisão a ser tomada exerce profundas mudanças em indivíduos, voltando a própria organização pela sociedade.
Um trabalhador que desempenha sua atividade realizando o resultado esperado, minimamente tem um compromisso diário, de estar ali naquele lugar com o objetivo de produzir, e na forma mais onerosa ele deixa sua família em casa, é exposto a riscos inerentes a qualquer trabalho, desde o momento em que ele sai de casa, e poucas são as horas em que ele consegue realmente não se lembrar do trabalho, estando em casa ou muito longe dali. Superficialmente percebe-se o quanto o trabalho envolve o homem, o retira de outros lugares, desvia seus objetivos, criam outros, realmente transforma o indivíduo. Não o dignificando, mas sim expondo e frustrando suas maiores fragilidades como humano, a exemplo a frustração que todo aquele que trabalha sente ao ser enganado pela organização que é o seu empregador. Muitas ainda o enganam novamente, fazendo com que ele aceite expressivos valores financeiros a troco de sua demissão, os famosos: “planos de demissão voluntária”, quem será o próximo voluntário?

Basta que lembremos o objetivo das organizações, são criadas para primeiramente defender aos indivíduos que dela fazem parte ou a objetivos muito bem explícitos em suas missões, sempre maximizando seu valor como organização?

Grupo : Ana Clara, Angélica, Anilto, Diego, Gabriel, Samara, Virgillio


Uma breve vídeo aula sobre as Relações de Poder

Grupo Adm-Id: Ana Carolina, Matheus Oliveira e Stefany

O Possível Fim das Abelhas


As abelhas são insetos que polinizam 70% da colheita que alimenta e veste os seres humanos, além disso, fornece mel, própolis, geleia real e até o seu veneno é utilizado como remédio para algumas doenças, como por exemplo, a artrite. Passamos por um problema atualmente que pode parecer simples, mas é muito mais complexo do que imaginamos: o possível fim das abelhas. Poderíamos pensar que a ausência das abelhas não nos afetaria em nada, mas isso é um imenso engano. Se pararmos para avaliar, a ausência das abelhas torna-se devastadora na vida dos seres humanos. Ainda não se sabe qual o real motivo da diminuição das abelhas, mas sabe-se quais são as consequências caso elas não existam mais. Uma hipótese para o acarretamento da diminuição das abelhas é o efeito estufa, o planeta está em constante mudança climática, fato que pode extinguir alguns seres vivos.

Outra hipótese para a morte das abelhas é o uso de pesticidas nas plantas, que mesmo sendo utilizados dentro dos níveis permitidos, pode causar o enfraquecimento das abelhas e torná-las vulneráveis a doenças. Foi cogitado também, que elas podem estar morrendo de fome, já que há um crescimento grande de plantações, as quais as plantas fornecem pouca quantidade de pólen. Dentre essas, existem várias outras opiniões sobre a causa da morte das abelhas, mas tudo isso é baseado em hipóteses, já que os cientistas e especialistas ainda não conseguiram descobrir nada concreto.

A diminuição em massa das abelhas iniciou-se na Europa e atingiu também os Estados Unidos, mas o problema pode ser visto em vários países, inclusive no Brasil e isso deve servir como alerta. Com a diminuição da polinização (ato onde as abelhas transportam os gametas masculinos de uma flor para os gametas femininos de outra flor ocasionando a fecundação) a produção de frutos, hortaliças, legumes, verduras, algodão é bastante prejudicada. Além disso, a produção de mel e própolis decresce, afetando alguns setores alimentícios e farmacêuticos. Foram feitas polinizações manuais como tentativa de solucionar o problema que a falta das abelhas pode nos causar, mas o procedimento é considerado inviável, já que é demorado, trabalhoso, o custo é alto e a eficiência não é a mesma.

Pode ser que nos países ricos e desenvolvidos uma máquina que conseguisse fazer a polinização resolveria o problema, mas essa máquina ainda não foi inventada e como provavelmente o custo para utilização de uma máquina dessas seja alto (caso existisse), não resolveria o problema dos países pobres que não teriam como custear algo, que ainda têm hoje de graça e de forma natural. Precisa ser feito algo o mais rápido possível, pois, caso não cheguem a uma solução do problema, não haverá abelhas suficientes para a polinização, o que causará uma grande devastação em nossas plantações. A ausência das abelhas mudaria totalmente a cadeia alimentar, com a falta de flores, frutos e legumes, as aves e os herbívoros, também seriam extintos, consequentemente os carnívoros, logo, os seres humanos. Outro agravante para a situação é que ainda não existem dados concretos sobre o que está causando esta diminuição das abelhas, logo, não chegaram a uma solução para esse grande problema. A luta pela sobrevivência das abelhas torna-se uma luta pela sobrevivência dos seres humanos, já que é irreparável a falta que elas nos fazem.

equipe Insights Cotidianos (Amanda Rezende Rodrigues, Cláudio Juneo R. Silva, Daiane Alice Pereira Araujo, Paula Crystina de Souza, Pricila Maria Tavares). 

O legado humano perpetuado nas organizações


Os seres humanos são os únicos animais que tem consciência de que um dia irá morrer, por isso muitos vivem dentro de um paradoxo entre a transcendência ou imortalidade, e o fato de que nossos corpos irão perecer um dia, se tornando apenas carne em decomposição e futuramente ossos que um dia também desaparecerão. Dentro deste pensamento o homem tenta fazer parte de algo maior e mais perdurável do que ele mesmo, como quando se engaja em determinada cultura, sociedade, comunidade, corporação etc. ele está simplesmente tentando negar a sua existência mortal e findável, juntando-se a determinada organização que é maior do que ele mesmo e pode durar por gerações.
A medida que o indivíduo gasta sua força de trabalho, despendendo tempo em prol de uma organização, transformando ela no centro de seus esforços para ver o resultado em determinado produto, serviço etc. está apenas tentando convencer a si mesmo de que sua vida é real e tem significado. Por isso a questão da sobrevivência da organização é um tema tão relevante no mundo de hoje, porque não se trata apenas de sua continuidade mas sim da transcendência daqueles que dela fazem parte.
O ser humano tende sempre a tornar o que é complexo em algo simples. A própria organização burocrática é um reflexo disto, já que o que a burocracia com todas as suas regras, normas e leis faz é dividir as atividades e funções de cada indivíduo em algo claro e definido. A grande ilusão é que por tornar as coisas mais simples, criando a falsa ideia de conhecimento, controle e poder sobre algo e assim o ser humano cria a imagem de que maior e mais poderoso do que realmente é. Na verdade, se formos analisar a fundo pode-se ver que se conhece e controla muito pouco e que o ser humano é um organismo frágil que pode perecer sem nenhum aviso, morrendo sem deixar nenhum legado.
Algumas pessoas realmente conseguiram deixar seu nome e seu legado, alcançando a necessidade de sobrevivência e foram lembrados pelas gerações futuras pelas suas criações, ideias, habilidades etc. Henry Ford é um grande exemplo disto, tendo ido a falência diversas vezes antes de ter sucesso. Foi um grande inventor chegando a registrar 161 patentes nos Estados Unidos, foi o primeiro a implantar um sistema de produção em série, e popularizou o automóvel introduzindo-o no mercado de massa. É quase impossível não conhecer a sua assinatura, pois ela está estampada no logotipo da Ford Motor Company, empresa que fundou e que é uma das maiores montadoras de automóveis do mundo.
Outros casos de grandes empreendedores que deram seus nomes a marcas que hoje em dia são reconhecidas mundialmente, que foram imortalizados através do tempo, como o caso da gigante da tecnologia HP, que foi fundada pelos colegas da Universidade de Standford Bill Hewlett e Dave Packard. A empresa Alemã de equipamentos desportivos ADIDAS,cujo nome deriva do apelido de seu fundador Adolph“ADI” junto com a as iniciais de seu sobrenome Dassler, “DAS”. A marca de canetas esferográficas mais usadas no mundo e seu fundador Marcel Bich, que apenas suprimiu a letra H. As marcas de roupas Calvin Klein, Ralph Lauren e Tommy Hilfiger também são alguns exemplos de marcas que imortalizaram o nome de seus criadores, entra outras.

O fato é que tais personalidades não deram seus nomes para empresas atoa. Enquanto são feitas atividades que consomem tempo e energia para alcançar metas e objetivos que se tornam prioridade na vida, buscam dar significado a ela, para que transmita alguma informação para as pessoas, tanto no presente quanto para as gerações que ainda estão por vir, porque afinal não é isso que o ser humano sempre fez, dar significado a tudo que conhecemos?


Grupo: Heitor de Aguiar Cogo, Clério Santana, Breno Geron, Gustavo Forapani, Leonardo Silvério e Wagner Barbosa.

As Organizações Vistas como Prisões Psíquicas


A ideia de prisão psíquica foi explorada pela primeira vez no livro “A República”, escrito por Platão, em que através da “Alegoria da Caverna”, foram estabelecidas relações entre aparência, realidade e conhecimento. O texto narra a vida de homens que, desde o nascimento, foram presos a correntes dentro de uma caverna onde a única fonte de luz era uma fogueira que refletia a claridade em uma parede. A luz do fogo iluminava um palco com estátuas, plantas e animais, entretanto, as sombras eram  projetadas na parede, sendo a única imagem que aqueles prisioneiros enxergavam estabelecendo certo medo entre eles já que as sombras pareciam grandes monstros aterrorizantes, quando na verdade não eram. Se estabelecermos um comparativo entre Organizações e Prisões Psíquicas, podemos vislumbrar aspectos inconscientes, afetivos, defensivos, ameaçadores e individuais de cada pessoa que estão entrelaçados com os conscientes e racionais, de forma que os primeiros criam “prisões” que influenciam diretamente nas atividades e direções das organizações.

Os seres humanos tendem a cair em armadilhas criadas por eles mesmos. A metáfora combina a ideia das organizações com fenômenos psíquicos, no sentido de que são processos conscientes e inconscientes que as criam e as mantêm como tais, com a noção de que as pessoas podem, na verdade, tornar-se confinadas ou prisioneiras de imagens, ideias, pensamentos e ações que esses processos acabam por gerar. Assim a cultura organizacional pode influir diretamente no comportamento dos funcionários de maneira inerente colocando-os em uma cela invisível capaz de tanger comportamentos e relações dentro da empresa. A política interna da corporação funciona, portanto como amarras que podem limitar até mesmo o processo criativo do empregado. Neste cenário a organização é a caverna e o cerceamento criativo são as correntes que tornam o trabalho metódico e operacional.


Nesta metáfora de Platão é possível associar o medo das sombras ao comodismo que  mantêm muitos de nós resistentes a esclarecimentos, preferindo permanecer na escuridão a enfrentar os riscos de exposição a um novo mundo que ameaça as antigas crenças bem como o medo de aceitar novos desafios. A figura de uma prisão psíquica não é apenas “culpa” das organizações, muitos funcionários preferem permanecer no anonimato representando uma simplificação imperfeita do mundo construindo também cercas distorcendo ou mascarando a realidade.

Existem vários tipos de prisões psíquicas, o sucesso, a acomodação organizacional, o pensamento de grupo, a repressão e o patriarcado são alguns exemplos. Uma grande empresa pode ser refém do sucesso por se considerar superior, e ignora determinadas situações que podem vir a colocá-la em dificuldade. Muitas empresas vivem experiência similar que culminam no seu declínio.  É importante entender as prisões psíquicas dentro da organização, pois desta forma, a pessoa abre-se ao entendimento e há possibilidade de raciocínio gerando um grau maior de produção, e não se deixando levar pelas ideias, pensamentos ou atitudes alienadas pela própria empresa ou o grupo.


O termo prisão psíquica é muito apropriado porque define a organização como um fenômeno psíquico, ou seja, aquilo que existe na cabeça das pessoas, formado por processos conscientes e inconscientes quanto à criação e à manutenção. Estar enjaulado dentro de uma organização nos faz perder o sentido do espaço e consequentemente paramos no tempo.

equipe Insights Cotidianos (Amanda Rezende Rodrigues, Cláudio Juneo R. Silva, Daiane Alice Pereira Araujo, Paula Crystina de Souza, Pricila Maria Tavares).