Antigamente,
usava-se a metafísica para explicar a realidade através de princípios gerais e
abstratos. Com o surgimento do positivismo, ou fase científica, os homens
passaram a observar efetivamente a realidade. Mas, será que de fato os
indivíduos adotaram tal posição de enxergar a realidade tal como é?
De
um modo geral, podemos interpretar a realidade como sendo essencialmente o que
existe, ou seja, tudo o que é considerado verdadeiro. Nesse sentido, dizemos
que a nossa realidade é definida por aquilo vivenciando em determinado momento.
A questão é que, devido aos processos conscientes e inconscientes, muitos indivíduos
se vêem presos á sua própria realidade, ás suas histórias, sendo incapazes de
enxergar além, tornando-se prisioneiros de si mesmos. A esse fenômeno
denominamos prisão psíquica, no qual, podemos descrever utilizando aquele
famoso dito em que se diz que as pessoas costumam cair em suas próprias
armadilhas [do inconsciente]. É válido ressaltar que existem vários fatores que
contribuem para o encadeamento da prisão psíquica. Esta pode decorrer também de
acontecimentos da infância refletidos na vida adulta.
O
ponto crucial é que as organizações também podem ser interpretadas como prisões
psíquicas. Ao fazermos essa comparação, notamos que, a realidade no ambiente
organizacional vai muito além dos simples processos operacionais, chegando á
esfera do psiquismo humano. Aos olharmos internamente para uma organização, identificamos
não só apenas rotinas maçantes e estressantes de trabalho, mas sim um
aglomerado de indivíduos dotados de personalidade, sentimentos, cultura,
pensamentos próprios e desejos. E de fato, todas essas características possuem
parte no consciente e inconsciente das pessoas.
Dizemos
que o conjunto desses elementos, tanto os processos operacionais, as normas e
regras, como também as características de cada indivíduo e até mesmo a atual
gestão, fazem parte da realidade organizacional, que é socialmente construída. Essa
realidade é criada com o objetivo de fazer com que todo o processo organizacional
faça sentido. Assim, a afirmação que as organizações são fenômenos psíquicos é
sustentada pelo senso de que estas ganham vida e se estabelecem como processos
conscientes e inconscientes, sendo capaz de criar imagens, idéias e
pensamentos, nas quais as pessoas acabam se tornando prisioneiras.
Quantas
empresas que, ao alcançarem seus objetivos, se apegam ao sucesso e param de
inovar, entrando assim na zona de conforto, apegando-se e focando apenas no
sucesso obtido até então. Esse é apenas um
simples exemplo de como a acomodação e o apego impedem as organizações de
alcançarem novos patamares. Além dessas, existem outras prisões das
organizações, ás quais são notórias no cotidiano das empresas, principalmente
no contexto Brasileiro, em que o cenário é marcado por processos históricos que
não contribuíram para o progresso da economia, ao invés disso, provocou um grande
atraso em relação á situação mundial devido à prisão e apego á realidade e a
falta de inovação. Assim, a meta das organizações atualmente têm sido recuperar
o tempo perdido.
Será
possível então, tanto os indivíduos como as organizações, se livrarem de suas
prisões e passar a enxergar a realidade como efetivamente é? Quando se trata de
assuntos sobre o inconsciente, a questão se torna complexa. Mas cabe a cada um
a adoção do espírito crítico para não aceitar a sua realidade e por meio de novas
ideias transforma - lá, o que nem sempre é uma tarefa simples, pois as pessoas
preferem ficar no aconchego da prisão a ter que lidar com as incertezas
provocadas pelas mudanças.
Grupo: Bruna Kerolayne, Daniel Pinheiro, Débora Medeiros, Igor Silva, Ingrid Souza.
Grupo: Bruna Kerolayne, Daniel Pinheiro, Débora Medeiros, Igor Silva, Ingrid Souza.
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