segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Os desafios da gestora brasileira


Postado por Grupo Thinking in Management

Quem nunca ouviu falar que a mulher é o sexo frágil? Ou ainda que elas agem impulsivamente pela emoção em detrimento à razão? Fato é que as mulheres na nossa sociedade ainda são estereotipadas com essas características: emotivas, intuitivas, submissas, frágeis. È inegável dizer que não houve evolução desde o século passado. Sim, passamos por algumas transformações que contribuíram para a ascensão das mulheres na sociedade, no entanto as desigualdades ainda existem. Sendo assim, como é a gestão feminina nas empresas brasileiras?
É muito difícil romper com paradigmas e estereótipos impostos pela sociedade. As relações entre as mulheres e os homens ainda são, com muita frequência, determinadas por estereótipos fixados, imagens e comportamentos que deles se espera. Ainda no ano de 2014, temos a imagem do homem como sendo lógico, racional, competitivo, forte, inteligente em detrimento à mulher sensível, emotiva e com certo desequilíbrio emocional. Não estou querendo negar a inexistência de homens e mulheres com tais características, acontece que devido a essa estereotipagem e as características machistas da sociedade brasileira, a mulher continua com um papel na gestão muito inferior aos papéis masculinos
 Comumente, a imagem que temos das organizações possui características similares ao estereótipo masculino: racional, competitiva, analítica. Dessa forma, é mais fácil para o homem alcançar seus postos nos cargos de administração das empresas. A mulher, por sua vez, quando consegue tal êxito é vista como aquela que conseguiu romper barreiras. Ou seja, um outlier, o ponto fora da curva. Mas o que me deixa mais intrigado é que, atualmente, não se duvida tanto da capacidade intelectual da mulher como se duvidava há alguns anos, por isso é mais difícil de aceitar tal discrepância na participação com a força de trabalho, desigualdade entre salários em trabalhos similares e na renda estimada, por exemplo.

Supondo que a mulher tenha conseguido atingir um cargo de alta gerência de uma grande empresa brasileira, por exemplo. Muito provavelmente, seus colegas de trabalho nos cargos de gerência e nos demais postos administrativos serão, majoritariamente, homens. Assim, para poder se dar bem em suas funções e fazer uma “boa gestão”, aquela que será reconhecida pelos resultados independente do sexo da pessoa que está gerindo, a mulher terá que passar por algumas restrições no seu comportamento para que o fato dela ser do sexo feminino passe quase despercebido pelos demais.
Se é para estereotipar, temos, então, o estereótipo da gestora brasileira: uma mulher que procura se ajustar ao máximo às características das organizações que estão predominantemente compostas por homens; busca ser mais “pulso firme” para que sua fragilidade (característica do seu sexo) não transpareça e não chame mais atenção que seu papel na empresa. Enfim, a gestora brasileira trabalha numa realidade empresarial dominada por homens e está submetida à regras organizacionais formuladas por outras pessoas, sendo assim, a pressão sobre ela e sua auto cobrança acaba sendo maior.


3 comentários:

  1. Legal ver esse texto sobre a inserção da mulher no mercado nacional, mostrando as particularidades da gestora brasileira frente a um mercado estreito, mas que vem abrindo suas portas aos poucos.

    ResponderExcluir
  2. Ainda falta muito para que as mulheres consigam realmente se destacar por suas competências no mercado, o que acontece hoje é um "projeto de igualdade"... o preconceito realmente ainda é muito grande. Bom texto

    ResponderExcluir
  3. Muito Bom o texto, essa é uma realidade das organizações brasileiras. Por mais competentes que sejam, as mulheres ainda sofrem muito preconceito quando assumem cargos de gerência.

    ResponderExcluir