Existem
diversas metáforas para ajudar a compreender melhor o papel das organizações na
sociedade. Temos teóricos tratando
organizações como máquinas: sistemas mecânicos, controlados, eficientes e com
uma rotina previsível. Outros comparam as organizações com organismos: sistemas
vivos, que possuem necessidades, com todas as áreas interligadas e dependentes
e com objetivo de manter a eficiência e a sobrevivência do organismo. Mas temos
duas comparações que se destacam: organizações como cultura e organizações como
cérebro.
A Cultura no sentido conceitual da palavra é a transformação da
natureza com objetivo de facilitar a vida das pessoas. No ambiente
organizacional surgem culturas internas, consideradas sociedades
organizacionais (ocorrem em todos os países com base organizacional), mas
também temos as culturas de cada local, que influenciam de forma única nos
indivíduos e nas organizações. As organizações são fenômenos culturais,
variáveis de acordo com o estágio em que a organização se encontra e o ambiente
na qual se localiza.
Sendo assim, organizações de países diferentes possuem características
comuns por terem um ambiente similar organizacional mas também possuem
características diferenciadas por tomarem também aspectos culturais do
ambiente, do povo, do país. Temos então a cultura como um processo contínuo,
proativo da construção da realidade, através do qual as pessoas criam e recriam
os mundos dentro dos quais vivem.
Alguns países possuem uma cultura organizacional tão forte que
características organizacionais se mesclam com as características da sociedade.
Por exemplo, na sociedade americana, há um sentimento de individualismo
competitivo, que faz as empresas agirem em busca de excelência com certa agressividade.
Na sociedade inglesa, há ética protestante enraizada, mas também um sentimento
de desconfiança com os detentores de poder nas organizações, criando um
ambiente propício à sindicatos e revoltas dos trabalhadores. Por fim, na
sociedade japonesa existe a filosofia Matsushita, que imbui características de
comunidade, codependência, união e altruísmo, sem deixar de lado as heranças da
cultura samurai e dos fazendeiros de arroz que influenciam no modo sério e
dedicado dos trabalhadores e organizações japonesas.
A outra metáfora notável é organização como cérebro. O cérebro é um
órgão complexo e que controla cada ação que ocorre no organismo, assim, essa
comparação vêm para apresentar uma visão de poder da organização. O
cérebro se assemelha às organizações em 3 aspectos: aprendizagem, processamento
de informações e tomada de decisões.
A
aprendizagem se dá nas organizações de duas formas: pelo circuito simples, onde
o foco é aprender consertando os erros que surgirem, porém não agindo para
impedir os erros de acontecerem, ou o circuito duplo, onde o foco é aprender
com os erros e fazê-los cessar. Dessa forma, a capacidade de aprendizagem tanto
do cérebro quanto da organização gera a capacidade de adaptação à mudanças,
pois se uma parte deixa de existir, o sistema inteiro não é afetado, ele se
adapta à nova situação.
No cérebro há processamento de informações
assim como nas organizações, ambos são complexos e possuem sistemas, dados, e
códigos inúmeros. Nas organizações esse processamento é representado pela
Tecnologia da Informação, assim como no cérebro, é necessário controle e
organização das informações, para determinar o que é relevante e o que não é.
Por fim, tomada de
decisão envolve poder, é algo que as organizações têm que lidar diariamente, pois
o poder abrange controle e controle traz complicações, problemas para serem
resolvidos e decisões a serem tomadas constantemente no dia-a-dia de uma
empresa.
Portanto, o que é necessário entender sobre as diversas metáforas da
organização é que elas são métodos de facilitar o entendimento mas não abrangem
a totalidade de informações, as metáforas não refletem a realidade e portanto
não são representações idênticas das organizações.
Grupo Adm-Id: Matheus Oliveira, Ana Carolina, Natália e Stefany.
Ótimo texto! Existem muitas metáforas para ajudar a entender o papel das organizações na Sociedade, mas de todas que já vi até agora acredito que a da cultura seja a mais irrefutável de todas até mesmo porque a cultura é a forma com que vemos as coisas, está vinculada a tudo o que fazemos. Pensarmos em organizações como cérebros é interessante, pois qualquer organismo que funcione como cérebro seria sensacional, mas acredito que não estamos ainda nessa realidade. Parabéns para o grupo!!
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