Um
pilar central para o desenvolvimento de qualquer sociedade é a infraestrutura
urbana. Quesito no qual o Brasil ainda se mostra deficitário seja quando
analisamos o trânsito caótico, os bolsões de pobreza ou a infra-estrutura
sanitária. Quando um país almeja um desenvolvimento econômico sustentável este
deve considerar a importância de se elaborar um planejamento urbano capaz de satisfazer
suas ambições.
Nos
últimos 60 anos o Brasil experimentou uma deslocação do eixo populacional, do
ambiente rural (fazendas e comunidades isoladas) para as cidades, que ocorreu principalmente
em cidades médias e grandes. Hoje cerca de 85% da população brasileira vive em
cidades, o que atrai bastante pressão para essa forma de alocação populacional.
No nosso país onde a taxa de habitantes em meios urbanos é superior a de países
como os EUA (81%), a importância do planejamento urbano é critica para o
sucesso socioeconômico da nação.
A
importância da preocupação com o planejamento urbano começa a se tornar
evidente na virada dos séculos XIX e XX, porque naquela época não havia um
fator que hoje consideramos indispensável para a vida urbana: o sistema de
esgotos.
A maior parte do esgoto urbano era depositada a céu aberto, tornando a
condição de vida da maior parte da população (principalmente a dos mais pobres)
insalubre. O mau cheiro era insuportável e surtos de doenças ligadas à falta de
higiene eram constantes.
Nessa mesma época as fabricas se tornaram parte primordial da economia, e por conseqüência partes integrante do espaço urbano. Elas impactaram no trânsito, na alocação de tempo e investimento. Também é importante avaliar o surgimento dos primeiros meios modernos de comunicação, no século XIX com o telegrafo e o telefone, no século XX o rádio e mais tarde televisão, que demandaram novos investimentos e moldaram a forma como a qual nos comunicamos e passamos o tempo.
Outro
fator que desempenhou papel importante naquele tempo foi o surgimento da
iluminação pública que veio a mudar a vida urbana tornando as cidades mais
seguras, o que encorajou certos hábitos, como a vida noturna, além de ajudar a
propagar os turnos de trabalho noturno, influenciando também na economia das
cidades.
Não
podemos nos esquecer que com a chegada da eletricidade e o aumento da população
cada vez mais crescente uma solução encontrada foram os bondes que vieram a
moldar parte da infraestrutura urbana, para que assim fosse possível deslocar o
máximo de pessoas possível. O advento dos automóveis culminou com o surgimento
de novos desafios, desafios esses que se mostraram colossais, vistos que mesmo
hoje ainda não os superamos.
Na
metade do século o Brasil observou dois governos que transformaram o país,
Getúlio e Juscelino, com seus grandes projetos sócio-econômicos que alavancaram
o desenvolvimento industrial e reformaram a infraestrutura do país. Cidades
como São Paulo e Rio de Janeiro agora na casa dos milhões de habitantes
representaram o surgimento de novos problemas. Transito caótico, formações de
bolsões de pobreza (favelas, principalmente durante a ditadura), o surto da
violência urbana, poluição do ar sonora e visual, a falta de lugares
apropriados a acomodação do lixo urbano entre outros.
Urbanização da favela do Sapé recupera córrego ocupado por habitações irregulares. |
Se preocupar com a qualidade de vida se mostra
hoje como parte primordial da formação de um planejamento urbano adequado e para
isso ele tem de atender á várias demandas: sanitária (esgoto e água encanada,
transporte e alocação do lixo urbano), transporte (aeroportos, vias expressas, rede
de metrô, transporte municipal de ônibus), energia elétrica e comunicação
(telefones, internet).
Na
era da globalização e da alta tecnologia, onde os tecnopólos são o sonho da
maior parte dos centros urbanos, a qualidade de vida dos habitantes é
primordial para atrair investidores, centros de ensino e empreendedores e
profissionais de ensino dispostos a embarcar em projetos inovadores.
Os megabytes
dos cabos de fibra óptica são o novo medidor de capacidade empregada de uma
cidade, as universidades de pontas são as novas fabricas. É melhor começarmos a
pensar nisso se quisermos competir no futuro com nações que já o fazem.
GRUPO: Breno Geron, Clério Santana, Gustavo Forapani, Heitor Cogo, Leonardo Silvério e Wagner Barbosa.
GRUPO: Breno Geron, Clério Santana, Gustavo Forapani, Heitor Cogo, Leonardo Silvério e Wagner Barbosa.
Realmente, sem investimento não tem desenvolvimento. Parabéns ao grupo pelo ponto de vista destacado no texto.
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