Grupo Thinking in Management
Ao abrir os olhos de manhã, deparo- me com
uma logo no celular, ao escovar os dentes reparo mais um emblema entre várias
outros que passaram despercebidos. Nosso dia a dia é assim, propagandas,
marcas, logos e empresas por todo o lado. Vivemos em uma sociedade
organizacional. As empresas estão no centro de tudo e é quase impossível se
esquivar delas. Somos seres rotineiros, e parte da culpa de tudo isso se deve
ao modelo de sociedade em que vivemos.
Aprendemos desde muito cedo, que na vida
adulta acordar de manhã e ir trabalhar são a forma “ideal” de viver, por esse motivo muitas vezes condenamos aquelas pessoas que seguem uma rotina diferente.
É muito difícil encontrar uma pessoa que tenha parado para pensar em porque
nossas vidas são assim. Trabalhar oito horas, dormir oito horas, e ter oito
horas destinas ao lazer, por quê? Para que?
A resposta para essas perguntas está
diretamente relacionada com a forma que nossa cultura é construída e na
influencia que as organizações infligem no nosso cotidiano. A cultura
organizacional muda acompanhando as mudanças que acontecem na sociedade. Ela deve se adaptar ao ambiente para manter a
integração interna, ao mesmo tempo em que exerce pressões para fora, a fim de
manter sua identidade e juntamente modelar as pessoas envolvidas. Por esse
motivo nossa rotina passa a fazer sentido, somos modelados para que nossa
cultura não entre em atrito com a estrutura organizacional, ao mesmo tempo em
que a estrutura busca se adaptar a nós.
A realidade organizacional é sempre um
processo em construção que muda à medida que as coisas vão acontecendo. O ideal
para nosso modelo de sociedade seria alcançar a homogeneidade, uma tarefa muito
difícil, pois dentro da nossa cultura surgem espontaneamente varias
subculturas, cada uma com características singulares. Tudo isso devido ao fato
de existirem vontades diferentes, pois cada pessoa tem seus próprios valores,
crenças, herdados de acordo com o meio em que cresceu, e por esse motivo cada
um tem uma forma de pensar e agir, de modo que não somos incumbidos de aceitar
tudo que nos é apresentado.
A cultura tem função ideológica de
justificar as relações de poder e preservar a ordem. Ela está diretamente
relacionada com o poder e com a dominação. Por isso é de extremo interesse para
as organizações que nos rodeiam, entender, se adaptar e influenciar à medida do
possível nossos costumes, ritos, arquitetura e até mesmo a nossa linguagem.
Desta forma as empresas convencem e ganham a confiança da sociedade, que de uma
forma ou de outra contribui para que o mesmo alcance seus objetivos.
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