sábado, 22 de novembro de 2014

As Organizações e a Cultura

         Grupo Thinking in Management

          Ao abrir os olhos de manhã, deparo- me com uma logo no celular, ao escovar os dentes reparo mais um emblema entre várias outros que passaram despercebidos. Nosso dia a dia é assim, propagandas, marcas, logos e empresas por todo o lado. Vivemos em uma sociedade organizacional. As empresas estão no centro de tudo e é quase impossível se esquivar delas. Somos seres rotineiros, e parte da culpa de tudo isso se deve ao modelo de sociedade em que vivemos.

Aprendemos desde muito cedo, que na vida adulta acordar de manhã e ir trabalhar são a forma “ideal” de viver, por esse motivo muitas vezes condenamos aquelas pessoas que seguem uma rotina diferente. É muito difícil encontrar uma pessoa que tenha parado para pensar em porque nossas vidas são assim. Trabalhar oito horas, dormir oito horas, e ter oito horas destinas ao lazer, por quê? Para que?

A resposta para essas perguntas está diretamente relacionada com a forma que nossa cultura é construída e na influencia que as organizações infligem no nosso cotidiano. A cultura organizacional muda acompanhando as mudanças que acontecem na sociedade.  Ela deve se adaptar ao ambiente para manter a integração interna, ao mesmo tempo em que exerce pressões para fora, a fim de manter sua identidade e juntamente modelar as pessoas envolvidas. Por esse motivo nossa rotina passa a fazer sentido, somos modelados para que nossa cultura não entre em atrito com a estrutura organizacional, ao mesmo tempo em que a estrutura busca se adaptar a nós.

A realidade organizacional é sempre um processo em construção que muda à medida que as coisas vão acontecendo. O ideal para nosso modelo de sociedade seria alcançar a homogeneidade, uma tarefa muito difícil, pois dentro da nossa cultura surgem espontaneamente varias subculturas, cada uma com características singulares. Tudo isso devido ao fato de existirem vontades diferentes, pois cada pessoa tem seus próprios valores, crenças, herdados de acordo com o meio em que cresceu, e por esse motivo cada um tem uma forma de pensar e agir, de modo que não somos incumbidos de aceitar tudo que nos é apresentado.
           A cultura tem função ideológica de justificar as relações de poder e preservar a ordem. Ela está diretamente relacionada com o poder e com a dominação. Por isso é de extremo interesse para as organizações que nos rodeiam, entender, se adaptar e influenciar à medida do possível nossos costumes, ritos, arquitetura e até mesmo a nossa linguagem. Desta forma as empresas convencem e ganham a confiança da sociedade, que de uma forma ou de outra contribui para que o mesmo alcance seus objetivos.     

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