segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A organização como um campo de batalha


É comum nos dias atuais se ter funcionários insatisfeitos com a empresa em que trabalha. Por outro lado podem-se observar também as empresas em um processo de descontentamento em ralação à sua mão-de-obra. O ambiente organizacional acaba se tornando um campo de guerra, que trás de um lado, funcionários contrariados com o serviço, a carga horária que por vezes pode se achar abusiva, o salário baixo, a autoridade da gerência, etc.; e de outro lado às organizações controladoras, impondo regras e criando um ambiente de pressão extrema para que essas regras venham se cumprir dentro das empresas.
O processo administrativo de algumas organizações tende a possuir uma forma de gerência bastante autoritária quando se diz respeito no trato com os seus subordinados. E apesar de algumas vezes não ser tão claro em algumas empresas essas disputas, elas são mais comuns do que se pode imaginar.

 Para se compreender melhor alguns tipos de autoridades que podem existir dentro das organizações, pode-se tomar por base um estudo feito por Weber que irá definir três tipos de autoridade; A Autoridade Tradicional que se baseia nos costumes e tradições de uma determinada cultura, a Autoridade Carismática que se baseia em características pessoais de um indivíduo e por fim a Autoridade Racional-legal que se refere à autoridade baseada nas regras e normas estabelecidas por um regulamento reconhecido e aceito por todos os membros de cada comunidade. O ordenamento jurídico estabelece competências, direitos e deveres atribuídos a cada função e a autoridade se impõe pela obediência a esses princípios. O exercício da função e da autoridade é assim limitado pela regra. Pode- se compreender a partir desse estudo que a autoridade característica da sociedade moderna é então o modelo de autoridade racional-legal, onde o individuo subordinado não deve sua lealdade à apenas um chefe ou a um grupo de gerência, mas sim as regras e normas emanadas pelas autoridades competentes enquanto estiver no cargo.
Então, se a maior parte das empresas atua com o tipo de autoridade Racional-legal, e que para cada cargo existem normas e regras para serem cumpridas, é importante frisar que as regras são determinadas por autoridades competentes e que essas deverão ser cumpridas enquanto se ocupar o cargo, se o funcionário deixar de exercer determinada função, também estará suspenso de suas obrigações em relação à função hora antes exercida, qual seria o ponto de conflito em questão para as desavenças entre funcionários e empresa?

A questão seria a insatisfação dos funcionários com as regras e normas. Pois essas muitas vezes fazem com que os direitos do empregado remunerado sejam negados, incapacita-o de tomar suas próprias decisões, e o direito de igualdade se torna esquecido. O que se espera do subordinado é    que mantenha sua boca fechada, faça aquilo lhe foi dito e se submeta as regras excessivas de seu superior. Além disso, o Brasil é um país democrata, onde seus cidadãos são considerados iguais perante a sociedade, todos têm os mesmos direitos e também os mesmos deverem para serem cumpridos. No entanto a ideia é que por oito horas diárias eles se esqueçam dessa democracia e continue trabalhando num regime que podemos dizer ser autocrata. Por fim os funcionários que não conseguem conviver com tal autoridade e a pressão desse controle de poder sobre si, esse tem a liberdade de tentar encontrar outro emprego, um que possa ser menos difícil aceitar ser controlado pelo que podemos chamar de politica organizacional e começar novamente uma carreira profissional. Um novo cargo, novas regras.


Grupo Adm-Id: Ana Carolina, Natália, Matheus Oliveira e Stefany.

Um comentário:

  1. Acredito que quem vive a insatisfação no trabalho vai se identificar muito com o texto, muito bom mesmo.

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