Para
falar de empresas familiares é necessário primeiramente, entender o seu
conceito. Segundo Donnelley (1976),
essas empresas são aquelas onde há uma identificação muito forte de família, há
no mínimo duas gerações, e essa ligação influencia diretamente, seja nos
objetivos da empresa quanto nos objetivos da família. Se levarmos em
consideração essa teoria, veremos que o poder é herdado a partir das gerações e
que sua cultura organizacional, depende muito também, do que é encarado como
cultura pela família pertencente à empresa.
Geralmente,
as crenças e costumes destas empresas costumam ser bastante arraigados, e na
maioria das vezes são receosos em relação a mudanças. Os filhos já são moldados para que ajam da
mesma forma que os pais no momento de assumirem o poder e têm naquele momento,
o mesmo jeito de comandá-la, dando continuidade aos ensinamentos adquiridos.
Porém na prática, não funciona assim...
Apesar
de se sentir mais seguro contratando parentes para integrar o quadro de
funcionários da empresa, por já conhecerem seus gostos e maneiras de agir,
essas contratações podem trazer muitos conflitos internos. Por mais que sejam
“treinados” desde crianças, o ambiente em si e principalmente a idade, faz com
que os herdeiros cheguem cheios de ideias novas, a fim de alterar um pouco a
cultura dessas organizações, porém os “cedentes do poder” acreditam que se na
época deles dava certo assim, então tem que continuar da mesma forma. Começa aí
o primeiro conflito... Aos poucos esses mesmos parentes, podem acabar
misturando um pouco o excesso de intimidade, não sabendo separar a relação
familiar, da empresarial, levando-os a acreditarem que podem ter algumas
regalias, como: chegar atrasado, abusarem do poder que lhe é dado, passando um
mau exemplo para os outros funcionários. A empresa tem que saber lidar com
esses conflitos, estabelecendo regras para esses funcionários, para que eles
entendam que são funcionários como outro qualquer, independente do vínculo
familiar e que devem dar exemplo de comportamento.
O
que foi dito ao longo do texto, pode ser comprovado através de pesquisas que
afirmam que as empresas que não consegue manter a relação profissional entre os
seus familiares pertencentes à empresa, geralmente não duram nem até a segunda
geração. Claro que não pode ser citado somente o lado ruim de ter uma empresa
familiar, até porque temos um exemplo claro em nosso país, de uma empresa de
sucesso: Magazine Luiza. Eles deixam
claro para todos que o segredo de conseguir expandir os negócios, é saber
administrar o egode cada familiar, evitando que o mesmo ganhe muita proporção
dentro da organização e que o profissionalismo seja mantido sempre acima de
qualquer relação extra empresarial.
Ter
uma empresa familiar realmente não é nada fácil. Porém, assim como todas as relações
existentes, é necessário que ambas as partes entendam a necessidade de seguir
regras para uma boa convivência no âmbito empresarial, fazendo com que o
profissionalismo sempre esteja acima das relações pessoais, e que os objetivos
da organização sejam preservados, sabendo separar o lado familiar do
empresarial.
Grupo: Daniela Ferreira, Gilberto Alves, Williane Souza