Com o avanço da globalização
torna-se necessário compreender os valores nacionais e traços culturais de cada
país e de que forma eles interferem no funcionamento das organizações. Isto
pode significar a diferença entre uma empresa que se destaca em seu ramo de
atuação e outra que não tem um desempenho tão lucrativo. O Brasil, como um país
de grande extensão territorial, possui uma notável diversidade cultural, cujos
valores nem sempre conseguem ser entendidos pelos estrangeiros. E a recíproca
também é verdadeira.
Tais
valores também estão presentes na gestão das organizações, o que acaba dando a “cara
brasileira” às multinacionais que se originaram em nosso país, bem como às
empresas menores. Um destes valores, e sem dúvida o mais famoso é o “jeitinho”
brasileiro, que é definido por Chu e Wood Jr (2008, p. 972) como um
comportamento que tem como objetivo equilibrar as regras e normas universais
com as necessidades cotidianas da pessoa, tentando realizar seus objetivos,
mesmo que quebre determinações legais. Ainda segundo esses autores, o jeitinho
brasileiro é ambíguo e oferece margem para dois significados, remetendo à uma
maneira de sobreviver ao dia-a-dia, uma forma de resistência cultural ou à uma
resposta de convivência conformada com uma situação injusta.
Partindo desta
definição, o “jeitinho” pode formar uma máscara para atitudes anti-éticas nas
empresas, envolver corrupção e prejudicando as relações interpessoais dentro da
organização. O gestor pode promover ou contratar um funcionário que não tem
qualificação suficiente para exercer um cargo ou função por conhecer o
candidato ou pelo candidato ter sido indicado por alguém do alto escalão da
empresa, o famoso QI (Quem Indica). Essa situação pode ser prejudicial na
medida em que uma pessoa bem qualificada fará falta a empresa por não ter sido
contratada ou ter abandonado a organização ao perceber que o seu trabalho não é
reconhecido, fazendo o profissional bem qualificado procurar a concorrência, ou
seja, uma empresa que não utiliza a política do “jeitinho”.
Dessa forma o
jeitinho brasileiro pode prejudicar o desempenho das empresas ao influenciar negativamente
a qualidade das relações interpessoais, estando ligada a casos de corrupção e
condutas anti-éticas no ambiente de trabalho. Mesmo sendo uma forte característica
cultural do nosso país, os gestores devem se empenhar para eliminar esta
pratica da cultura e dos valores organizacionais tornando a organização um
local de trabalho mais justo, coerente e agradável para todos os níveis hierárquicos.
Grupo: Daniela Ferreira, Gilberto Alves, Williane Souza
Outros aspecto sobre o jeitinho brasileiro!!! Muito bom, é muito importante ver os dois lados e esse texto diferente do anterior sobre o mesmo assunto nos mostra claramente os prejuízos dessas ações.
ResponderExcluirMuito legal o texto! Muitas pessoas pensam que um jeitinho aqui, outro ali, não vai fazer mal e ninguém vai notar, porém o texto mostrou que não é bem assim. A corrupção começa com pequenos atos. Parabéns!
ResponderExcluirAlunos: Ana Clara, Angélica, Anilto, Virgilio, Gabriel, Diego e Samara
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