terça-feira, 21 de outubro de 2014

Como o “jeitinho brasileiro” pode ser prejudicial às organizações

         Com o avanço da globalização torna-se necessário compreender os valores nacionais e traços culturais de cada país e de que forma eles interferem no funcionamento das organizações. Isto pode significar a diferença entre uma empresa que se destaca em seu ramo de atuação e outra que não tem um desempenho tão lucrativo. O Brasil, como um país de grande extensão territorial, possui uma notável diversidade cultural, cujos valores nem sempre conseguem ser entendidos pelos estrangeiros. E a recíproca também é verdadeira.

            Tais valores também estão presentes na gestão das organizações, o que acaba dando a “cara brasileira” às multinacionais que se originaram em nosso país, bem como às empresas menores. Um destes valores, e sem dúvida o mais famoso é o “jeitinho” brasileiro, que é definido por Chu e Wood Jr (2008, p. 972) como um comportamento que tem como objetivo equilibrar as regras e normas universais com as necessidades cotidianas da pessoa, tentando realizar seus objetivos, mesmo que quebre determinações legais. Ainda segundo esses autores, o jeitinho brasileiro é ambíguo e oferece margem para dois significados, remetendo à uma maneira de sobreviver ao dia-a-dia, uma forma de resistência cultural ou à uma resposta de convivência conformada com uma situação injusta.

Partindo desta definição, o “jeitinho” pode formar uma máscara para atitudes anti-éticas nas empresas, envolver corrupção e prejudicando as relações interpessoais dentro da organização. O gestor pode promover ou contratar um funcionário que não tem qualificação suficiente para exercer um cargo ou função por conhecer o candidato ou pelo candidato ter sido indicado por alguém do alto escalão da empresa, o famoso QI (Quem Indica). Essa situação pode ser prejudicial na medida em que uma pessoa bem qualificada fará falta a empresa por não ter sido contratada ou ter abandonado a organização ao perceber que o seu trabalho não é reconhecido, fazendo o profissional bem qualificado procurar a concorrência, ou seja, uma empresa que não utiliza a política do “jeitinho”.


Dessa forma o jeitinho brasileiro pode prejudicar o desempenho das empresas ao influenciar negativamente a qualidade das relações interpessoais, estando ligada a casos de corrupção e condutas anti-éticas no ambiente de trabalho. Mesmo sendo uma forte característica cultural do nosso país, os gestores devem se empenhar para eliminar esta pratica da cultura e dos valores organizacionais tornando a organização um local de trabalho mais justo, coerente e agradável para todos os níveis hierárquicos. 




Grupo: Daniela Ferreira, Gilberto Alves, Williane Souza

3 comentários:

  1. Outros aspecto sobre o jeitinho brasileiro!!! Muito bom, é muito importante ver os dois lados e esse texto diferente do anterior sobre o mesmo assunto nos mostra claramente os prejuízos dessas ações.

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  2. Muito legal o texto! Muitas pessoas pensam que um jeitinho aqui, outro ali, não vai fazer mal e ninguém vai notar, porém o texto mostrou que não é bem assim. A corrupção começa com pequenos atos. Parabéns!

    Alunos: Ana Clara, Angélica, Anilto, Virgilio, Gabriel, Diego e Samara

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