domingo, 19 de outubro de 2014

Diversidade cultural e preconceito nas organizações

Grupo Thinking in Management


Expressão de racismo
Desde que se passou o primeiro turno das eleições presidenciais de 2014, milhares de internautas foram às redes sociais expor sua opinião a respeito dos eleitores da candidata do PT. Acontece que muitos comentários extremamente desagradáveis e preconceituosos com relação aos nordestinos vieram à tona. Realmente, parece difícil acreditar nas notícias e postagens com conteúdo depreciativo e vergonhoso como foi visto nas últimas semanas. Será que em pleno século XXI existem pessoas que se acham superiores as outras cultural e intelectualmente? Diante dessa realidade, como as empresas e os gestores lidam com o choque de culturas?
  
Passado a Primeira Guerra Mundial, o mundo viu nascer, na Alemanha, o regime nazista. Na figura de seu grande líder, Adolf Hitler, o nazismo pregava dentre outras coisas a ideia de que existia uma raça superior as outras e seus pensadores defendiam a hegemonia da raça ariana em detrimento a exterminação das demais. Parece meio espantoso e retrogrado, no entanto esse pensamento ainda continua embasando as ideias de muitos brasileiros em pleno ano de 2014. As ofensas proferidas contra os nordestinos são a prova de que vivemos em uma sociedade extremamente preconceituosa e diferentemente do que muitos acreditam, o preconceito no Brasil não é velado, na verdade ele é bastante explícito inclusive. Bem, eu não sei exatamente qual o pensamento de uma pessoa que se acha superior à outra com base na cultura, no sotaque, capacidade intelectual ou simplesmente baseado em aspectos morfoclimático da região onde o outro vive. Na verdade, chego a achar vergonhoso o preconceito contra o nordestino e contra qualquer outra cultura, raça, estilo de vida.

Acontece que muitos brasileiros que residem nas regiões sul e sudeste do Brasil se acham superiores ao povo nordestino devido a todo o histórico cultural e econômico dessa região. Não posso ser ingênuo em negar que o Nordeste é uma região economicamente menos desenvolvida que as demais, no entanto tal fato não significa que o povo que ali nasceu ou vive é inferior ao restante. Somos todos brasileiros.

Como sabemos, as organizações estão inseridas na sociedade e, portanto, são o reflexo do que acontece no ambiente uma vez que sofrem influências externas a todo momento. Sendo assim, é indiscutível negar que o racismo esteja presente dentro das empresas. Nelas também existem pessoas que compartilham ideias preconceituosas e que se acham superiores as outras. Diante disso, a pergunta que se faz é: Como os gestores lidam com o choque de culturas dentro das organizações? Na verdade, o que se busca fazer é estabelecer uma cultura organizacional que vise amenizar as diferenças e os conflitos, a fim de fazer com que o funcionários, a partir do momento que estão lotados dentro da organização e a serviço dela, esqueçam as diferenças e busquem atingir os objetivos e planos traçados e sigam a cultura da empresa.


Somos todos Brasil!
O ideal é que as pessoas aprendam a conviver com as diferenças e saibam a aprender com o outro. Cada ser humano é especial por ser diferente um do outro, sendo assim é dever de todos respeitar a singularidade de cada um e saber lidar com a pluralidade e diversidade cultural do nosso pais. Para o gestor, promover a integração entre diferentes culturas é essencial e é necessário se ter a intolerância contra atos, pensamentos, formas de expressão e comportamentos preconceituosos dentro das organizações. O nordestino é brasileiro assim como o sulista, e não merece ser desvalorizado e nem menosprezado pela sua cultura, sotaque ou modo de viver, afinal de contas, a miscigenação e a mistura de culturas é a marca oficial do Brasil. 

Acesse: Nordeste Independente
Acesse: Preconceito contra nordestinos

2 comentários:

  1. É uma vergonha esse preconceito dos próprios brasileiros com o povo nordestino, povo este que é dono de uma cultura tão diversa e rica!! Parabéns ao grupo pelo texto.

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  2. O preconceito existe mesmo. É nítido. Não apenas dentro das organizações, mas fora dela. Há quem negue que tem preconceito, mas, uma hora ou outra, este acaba manifestando um comportamento preconceituoso. O mais interesse dentro dessa história é que, dentro de uma mesma cultura, crença ou valor, existe o preconceito. Ou seja, o preconceito não é apenas relativo a uma outra cultura ou um povo. Cada um deve se conscientizar que o respeito deve estar acima de tudo e que não importa a cor da pele, dos olhos, do cabelo ou até mesmo o grau de intelecto.

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