segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A Identidade de Gênero no Ambiente Organizacional


    A discriminação quanto a  LGBT’s (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) nas organizações acarreta a perda de oportunidade de contratação de funcionários capacitados e que só têm a somar no desenvolvimento da empresa. Mesmo que seja velado, o preconceito tange a contratação de um novo funcionário sendo um fator importante na recusa desse público no mercado de trabalho. O preconceito desde a infância afeta a educação e a capacitação profissional dessas pessoas. Contudo, mesmo possuindo formação e estrutura para a inserção no mercado, elas sofrem rejeição no ato da contratação por empresas conservadoras. Sem incentivo e apoio busca outras formas de sustento, por exemplo a prostituição. Saber quais são as características que impedem essas pessoas de se inserirem no mercado de trabalho é o estopim para a busca da extinção desse tipo de preconceito.

     As organizações precisam criar um ambiente livre de preconceito para que a produtividade máxima seja atingida e a cultura da empresa seja forte e desprendida de tabus. Há empresas que criaram benefícios específicos aos funcionários que assumissem união estável com uma pessoa do mesmo sexo, tais como assistência médica e período de cinco dias para comemoração da união estável. Desse modo, políticas de inclusão têm o intuito de motivar tanto os funcionários em sua qualidade de vida quanto as empresas adquirirem a oportunidade de ter uma visão mais ampla e flexível, se encaixando no contexto social onde o público LGBT possui presença muito forte. O espaço aberto para esse público tem como intenção motivar a boa convivência em todos os locais, tanto familiar quanto social. Investir nesta ideia nas organizações tem o sentido de ser mais um instrumento de impulsão à busca de tolerância e respeito, maneira esta que faça deles cidadãos, como de fato são, e tenham direitos iguais perante toda sociedade, independente de padrões sociais.

     A cultura das organizações é composta por várias crenças, costumes e ideais diferentes. A inserção de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais pode fazer com que o convívio com o outro enriqueça essa cultura deixando as relações mais amplas e que seja tratada como uma forma de aprendizado.

     Intelectualmente não há nenhuma diferença entre um homossexual e um heterossexual, portanto a execução de determinada tarefa numa empresa independente do gênero declarado pelo funcionário, mas sim da sua capacitação profissional e do perfil de cada um. O fato de um número expressivo de gays proverem seu sustento através da prostituição, diferentemente do senso comum, não advém da falta de oportunidades, mas da falta de capacitação. Existem aqueles que prestam este tipo de serviço por opção, porém a grande maioria tem uma linha do tempo bastante perturbadora bombardeada desde os primeiros anos escolares e o preconceito se mostra um limitador para este público que não suporta a pressão de constantes piadinhas, ser apontado e rotulado com xingamentos infames e acaba por se perder na obscuridade da vida noturna, não contando nem mesmo com o apoio familiar.
      Talvez um ponto crucial na vida dos LGBT’s seja a estrutura familiar ou melhor a falta dela. A grande maioria não tem apoio das pessoas mais próximas. Esperar tal base das organizações é uma utopia e um dilema já que grande parte vê com maus olhos esse comportamento sexual.  Oficialmente ninguém irá admitir o convencionalismo, mas ele está lá norteando a empresa. Cabe a todos nós, independente ser homem, mulher, gay, lésbica ou qualquer outro tipo de denominação para o gosto sexual, mudar esse paradigma e nos definirmos como “ser humano”. Somos seres humanos e pronto. Qualquer discussão torna-se burra diante do fato que cada um sabe o que é melhor pra si e questões pessoais não devem interferir nas profissionais.

equipe Insights Cotidianos (Amanda Rezende Rodrigues, Cláudio Juneo R. Silva, Daiane Alice Pereira Araujo, Paula Crystina de Souza, Pricila Maria Tavares). 

7 comentários:

  1. Realmente, a empresa pode perder bons funcionários se tiver este tipo de preconceito! A organização deve saber enfrentar não só os erros e incertezas, mas também saber lidar com as culturas diferentes! Parabéns ao grupo pelo tema!

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  2. Mesmo com pessoas da mesma orientação sexual percebemos inúmeras diferenças de crenças, comportamentos e etc. Então a adaptação as diferenças deve ocorrer de modo geral, sem separar nenhum fator de distinção. Muito interessante a reflexão proposta no texto, parabéns!!

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  3. Muito boa reflexão sobre a diversidade cultural nas organizações. Vivemos em um mundo extremamente heterogêneo e de culturas diversas. As organizações nem tão pouco nós podemos tapar os olhos para essa realidade. É preciso ter consciência das diferenças sexuais, respeitar e não deixar que isso se torne uma barreira para o desenvolvimento cultural.

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  4. Problema muito sério, que acontece em todos ambientes e o pior: de forma velada! Quem sai perdendo com isso, acaba sendo as empresas, que deixam de contratar profissionais capacitados. Muito oportuna a reflexão.

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  5. Ser um homossexual em nossa sociedade altamente patriarcal, católica e tradicional é bastante complicado. Além de sofrerem preconceito e discriminação, desfrutam de muito menos oportunidades e devem buscar ser muito melhor que seus pares para receberem os mesmos objetivos. Parabéns pela escolha do tema e, como já dizia mc xúxú, "um beijo pras travesti".

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  6. Muito Bom o texto!
    Dentro de uma organização existe uma diversidade cultural, e de a empresa tiver esses tipos de preconceito pode acabar perdendo funcionários bons e não se manter no mercado.

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  7. Na minha opinião, acho completamente ridículo empresas hoje em dia que possam ter este tipo de preconceito. Não é devido a uma opção sexual que essa pessoa não possa ter um mesmo empenho ou até melhor que um heterossexual.

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