segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A Dificuldade de Adaptação às Novas Culturas Organizacionais

                Dentre vários desafios cotidianos nos deparamos com um mercado de trabalho cheio de ofertas de emprego. A tão sonhada vaga, um plano de carreira, um horário de trabalho flexível ou talvez a estabilidade de um serviço público são objetos de desejo da maioria . Mas nem sempre querer ter uma carreira brilhante é sinônimo de sucesso, a aspiração prodigiosa esbarra em obstáculos de ordem prática como a necessidade de sobrevivência para conseguir o “pão de cada dia”, que faz o indivíduo aceitar a primeira proposta de emprego, abortando assim sua realização e ideal de vida.

Ingressar em um novo emprego é sempre uma experiência valiosa e nos proporciona conhecer e nos relacionar com pessoas de visões e valores diferentes. Às vezes o que pra uns é enriquecedor pode ser para outros um choque cultural conflituoso, gerando insatisfação, desmotivação, absenteísmo, alta rotatividade e frustrações. É uma via de mão dupla cabendo ao gestor identificar os conflitos e buscar formas de integrar o funcionário à cultura da empresa e em contrapartida o empregado observar a rotina da organização, o comportamento da equipe, a forma como é a relação de líderes x subordinados e com isso buscar maneiras para uma adaptação o menos traumática possível. Analisando esta realidade fica claro que o paradigma resultante de um senso comum de que somente o servidor tem que se adaptar a empresa é ultrapassado, pois os dois lados tem que se harmonizar. Fica sob a responsabilidade de a contratante traçar o perfil do candidato à determinada vaga e aloca-lo no posto de trabalho que for mais apropriado a ambas as partes para garantir o sucesso e manutenção da contratação.

          Alguns conceitos prévios podem induzir um bloqueio para o crescimento profissional ou até mesmo ao desligamento da empresa. A complexidade de uma cultura nem sempre é entendida na sua essência e conceitos, nem sempre pragmáticos, estão inerentes a politica das empresas. Fatores como excesso de poder, dificuldade de exercer novas tarefas, manter costumes de outras organizações da qual um dia fez parte pode potencializar este embate cultural.

O fato é que, inegavelmente, ter um bom relacionamento entre organização, funcionário e ambiente é primordial. Há de se compartilhar valores livre de preconceitos, ideias regressas ou atribuindo considerações de certo ou errado. A partir do momento em que se entende a cultura do outro, podemos nos questionar: será que posso agregar os valores de outras culturas à minha, ou vice-versa? Posso me equivocar com meus pensamentos em relação a outras culturas? Posso ser feliz convivendo com a diversidade cultural ou só consigo encontrar uma zona de conforto quando compartilho as mesmas ideias, os mesmos costumes ou os mesmos valores? Essas respostas tem que partir de nós mesmos. 

É evidente que desfrutar da diversidade cultural não é uma tarefa tão simples assim, ainda mais em um país como o Brasil em que temos representantes do mais diversos povos. Cabe a cada um conhecer e tentar entender as diferenças comportamentais e analisar até que ponto a abdicação dos seus quereres em função do outro pode valer a pena para uma carreira profissional.


Equipe: INSIGHTS COTIDIANOS (Amanda Rezende Rodrigues, Cláudio Juneo R. Silva, Daiane Alice Pereira Araujo, Paula Crystina de Souza, Renato Saraiva Júnior). 





                 

2 comentários:

  1. Assunto muito interessante, a diversidade cultural dentro das organizações é um grande causador de conflito, pelas formas diferenciadas de agir, pensar, se comportar etc. mas será que não é necessário ter uma certa flexibilidade nos dias de hoje? Acredito que não há como, no mundo globalizado em que vivemos e em um país tão diversificado como o Brasil, que nos abstenhamos totalmente da integração cultural. Pelo contrário, é fundamental que tenhamos conhecimento a respeito das diversidades, dos gostos, crenças, formas de agir etc. parabéns pelo texto!

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  2. Minha opinião é que temos que conhecer e respeitar as diferenças e limitações dos outros, o restante tendo um bom jogo de cintura, acaba fluindo naturalmente, principalmente dentro das empresas que temos que ter muita tolerância para suportar alguns problemas e evitar conflitos. Parabéns ao grupo.

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